Católicos passam de 93,1%
para 64,6% da população em 50 anos, aponta IBGE
Entre
1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara católica
cair de 93,1% para 64,6%. A queda foi constatada com a divulgação, pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de novas informações do
Censo 2010.
Em 2000, segundo dados do censo daquele ano, os católicos
representavam 73,6% da população. Em seguida vinham evangélicos (15,4%),
pessoas sem religião (7,4%), pessoas de outras religiosidades (1,8%), espíritas
(1,3%) e umbandistas e candomblecistas (0,3%).
A
pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo
crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010
alcançaram 22,2%. O número de pessoas sem religião também teve aumento
expressivo, passando de 0,6% para 8% nos mesmos cinquenta anos.
No caso dos evangélicos, o crescimento foi puxado pelas igrejas de
origem pentecostal, como a Assembleia de Deus ou a Universal do Reino de Deus,
que atingiram 13,3% do total da população. Os chamados evangélicos de missão,
pertencentes a religiões mais tradicionais, como a luterana e a batista,
tiveram menos oscilações.
O censo incluiu uma única pergunta sobre religião (Qual a sua
religião ou culto?), que estava no questionário aplicado a parte da população.
Para chegar aos resultados nacionais, o IBGE utilizou métodos estatísticos.
Segundo a pesquisa, os católicos somavam 123,3 milhões de pessoas
no país em 2010, e os evangélicos, 42,3 milhões. Outras religiões que também
foram citadas foram o espiritismo (2,8 milhões), a umbanda (407,3 mil), o
candomblé (167,4 mil), o budismo (244 mil), o judaismo (107,3 mil), o islamismo
(35,2 mil) e o hinduismo (5,6 mil).
Do total de evangélicos, 7,7 milhões eram de religiões de missão,
25,4 milhões eram de religiões de origem pentecostal e 9,2 milhões de religiões
não determinadas -- como a pergunta feita pelos recenseadores tinha resposta
aberta (ou, seja, não apresentava opções dentre as quais a pessoa tinha que
escolher sua resposta), alguns só responderam que a religião era evangélica, sem
dar mais detalhes.
Da mesma forma, 15,3 milhões de pessoas disseram não ter religião.
Desses, 615,1 mil afirmaram expressamente ser ateus e 124,4 mil, agnósticos.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br
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