ELEIÇÕES TODO DIA
(PARTE II)
OS CARAS DE PAU
Há alguns anos,
precisamente no ano de 2008, fui a um funeral. O defunto não era muito
conhecido, mas tinha uma família muito grande. Ao chegar na casa fiquei
admirado com a quantidade de coroas de flores que havia sido enviada por
pessoas que acredito, o defunto nunca teve oportunidade de conhecer. Se você
ainda não percebeu, vou ajudar. O ano (como já citado acima) era o de 2008 (o
mês era junho ou julho daquele ano). E ai, sacou? Não? Era ano eleitoral,
eleições municipais de 2008. O que era de candidato enganchando um no outro não
era brincadeira! A prefeito, contei dois. Para o legislativo, uns dez! Gente
que acredito nunca ter dado sequer um bom dia para aquele cidadão enquanto ele
estava com vida, agora mandavam flores, se comoviam e diziam uns aos outros,
que perda irreparável... (Que bom seria, se houvesse eleição todo dia”).
Não, não estou
inventando uma história para ilustrar meus comentários. Isso foi fato. Tive o desprazer
de presenciar essa encenação.
Naquele mesmo ano,
em cada esquina da minha cidade havia nem que fosse um pedreiro com uma colher
na mão, consertado uma parede. Você se deu conta como as cidades viram um
verdadeiro “canteiro de obras” em ano eleitoral (Que bom seria, se houvesse
eleição todo dia”).
Vamos para outra
situação. A igreja evangélica que sempre congreguei completa ano no mês de
setembro (portanto um mês antes das eleições). É incrível, durante três anos
após o da eleição, não aparece quase nenhum político nas festividades (claro
que com honrosas exceções), mas ano político, meu Deus, o sentimento religioso
baixa de forma generalizada! Cantam hinos, levantam as mãos e dão até oferta.
Tem deles que quando vão falar ainda dizem: “Saúdo a todos com a paz do Senhor”
(Que bom seria, se houvesse eleição todo dia”).
Bom pessoal, se
fosse discorrer sobre as situações inusitadas que conheço, o espaço seria
pouco. Mas compreendo que o caro leitor também pode relacionar outros exemplos,
onde penso que Jorginho e Pedrão certamente perdem feio para esses Caras de
Pau...
Caro Professor!!! É fácil decifrar tais acontecimentos são apenas fenomenos que acontecem de dois em dois anos.
ResponderExcluir