É comum vermos pessoas demonstrando seu repúdio em
relação à compra de voto. E na verdade uma prática reprovável mesmo. Votar em
alguém por causa de uma dentadura, uma conta de energia, tijolo, e outros
“agrados” só serve para diagnosticar e perpetuar o perfil de eleitor que temos.
Mas, infelizmente, muitos que falam também negociam seu voto. Por exemplo, quem
vota pra assegurar seu emprego, mesmo sabendo que seu candidato é corrupto,
penso que também faz o mesmo que aquele que o faz por cinquenta reais. A
diferença é que o retorno é maior.
Lamentavelmente, essa prática é comum também nos
meios religiosos. Já presenciei alguns líderes “vendendo” seu rebanho por causa
de telhado de igreja, ventiladores, sacos de cimento, enfim, como diriam o
profeta Isaias: “...sou um homem
de lábios impuros e habito no meio de um povo de lábios impuros...” (Isaias
6.5), ou seja, o perfil do povo era reproduzido pelo jovem profeta.
Outra atitude lamentável é quando se inicia uma
verdadeira caça as bruxas em relação àqueles que não votam no “candidato da
igreja”. O direito do voto, tão sagrado e democrático, fica restrito ao que o
líder (seja pastor, padre, ancião, apóstolo, bispo, anjo, arcanjo, querubim,
serafim...) indicar. Se o pobre membro não “comprar” a ideia está fora do
projeto de Deus. Um absurdo! Quer dizer, se você trabalhar para outro candidato
(até mesmo da própria denominação ou se for de sua família) se torna um
desobediente, um rebelde. É claro que devemos considerar o que orienta os
nossos líderes na fé, mas não nos tornarmos alienados ao ponto de abrir mão de
nossos princípios e opinião apenas para corresponder ao acordo político
realizado entre alguém e seu candidato. Vale destacar, ainda que, quem mais se
beneficia com esses acordos não são os meros membros da congregação, mas um
grupinho seleto que chega ao ponto de receber salários sem dar um murro numa
broa (isso é fato!).
Sendo assim, se o “queridinho” do
seu líder, representar o anseio da comunidade religiosa que você participa,
excelente! Una o útil ao agradável. Mas se sua preferência for por outra pessoa
de boa índole, bom caráter e que comungue dos mesmos princípios (ainda que não
seja de sua congregação) não titubei, seja coerente com sua consciência e faça
jus a um dos maiores direitos da democracia brasileira, o voto consciente.
Amei amado!!!!!É pura verdaddddeeeee
ResponderExcluirFantástico,realmente é o que infelizmente presenciamos no seio das nossas igrejas. De fato curruptibilidade.
ResponderExcluirachei muito interessante a sua colocação sobre votação,muito corajoso de expor a sua opinião nele pois essa informação vai servir mexer com muitas pessoas!
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