sexta-feira, 6 de julho de 2012

Não Entre na Cabana  (vários autores falam sobre as heresias no livro A Cabana)

      
      O mundo editorial vê poucos livros alcançarem o status de blockbuster, mas A Cabana, de William Paul Young já ultrapassou esse ponto. O livro, originalmente auto-publicado por Young e mais dois amigos, já vendeu mais de 10 milhões de cópias e foi traduzido para em mais de trinta línguas. Já é um dos livros mais vendidos dois últimos tempos, e seus leitores são muito entusiasmados.
    De acordo com Young, o livro foi escrito originalmente para seus filhos. Essencialmente, a história pode ser descrita como uma teodicéia narrativa – uma tentativa de responder às questões sobre o mal e o caráter de Deus por meio de uma história. Nessa história, o personagem principal está enfrentando grande sofrimento após o seqüestro e homicídio brutal de sua filha de sete anos, quando recebe um convite que se torna um chamado de Deus para encontrá-lo na mesma cabana onde sua filha foi assassinada.
        Na cabana, “Mack” se encontra com a divina Trindade: “Papa”, uma mulher afro-americana; Jesus, um carpinteiro judeu; e “Sarayu”, uma mulher asiática revelada como sendo o Espírito Santo. O livro é na maior parte uma série de diálogos entre Mack, Papa, Jesus e Sarayu. Essas conversas revelam um Deus bem diferente do Deus da Bíblia. “Papa” é alguém que nunca faz algum julgamento e parece muito determinado em afirmar que toda a humanidade já foi redimida.
       A teologia de A Cabana não é incidental na história. De fato, em muitos pontos a narrativa parece servir apenas como estrutura para os diálogos. E os diálogos revelam uma teologia que é, no mínimo, inconvencional e indubitavelmente herética sob alguns aspectos.
         Enquanto o dispositivo literário de uma “trindade” incomum das pessoas divinas é em si mesmo sub-bíblico e perigoso, as explicações teológicas são piores. “Papa” fala a Mack sobre o momento em que as três pessoas da Trindade “se manifestaram à existência humana como o Filho de Deus”. Em lugar algum da Bíblia se fala sobre o Pai ou o Espírito vindo à existência humana. A Cristologia do livro é semelhantemente confusa. “Papa” diz a Mack que, mesmo Jesus sendo completamente Deus, “ele nunca dependeu de sua natureza divina para fazer alguma coisa. Ele apenas viveu em relacionamento comigo, vivendo da mesma maneira que eu desejo viver em relacionamento com todos os seres humanos”. Quando Jesus curou cegos, “Ele o fez apenas como um ser humano dependente e limitado, confiando em minha vida e meu poder trabalhando nele e através dele. Jesus, como ser humano, não tinha poder algum em si para curar qualquer pessoa”.
       Há uma extensa confusão teológica para desbaratar aí, mas é suficiente dizer que a igreja cristã tem lutado por séculos para ter um entendimento fiel da Trindade para evitar exatamente esse tipo de confusão – um entendimento que põe em risco a própria fé cristã.
Veja matéria completa em 
http://voltemosaoevangelho.com/blog/2011/11/mark-driscoll-e-albert-mohler-jr-nao-entre-na-cabana/

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