sábado, 14 de julho de 2012


ESSA É A SÃO MIGUEL QUE QUEREMOS?
“Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”
           
Nossa cidade vive mais um ano de decisões quanto a constituição política decorrente das eleições municipais. De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, 102 candidatos disputam as 13 cadeiras da câmara municipal enquanto que para o cargo majoritário três candidatos apresentaram seus registros e estão aguardando julgamento para terem ou não suas candidaturas devidamente autorizadas.

            Apesar de algumas indefinições, principalmente a que pesa contra o ex-prefeito Nivaldo Jatobá, sabemos que o destino da administração de nossa cidade estará nos próximos quatro anos nas mãos de um dos candidatos a prefeito que apresentaram seus nomes para esse fim. Quem são eles? O que pensam? Quais suas propostas? Com quem fizeram aliança política? São fichas limpas ou, como diriam os mais antigos, mais sujo que pau de galinheiro? O que já fizeram (ou deixaram de fazer) pela nossa cidade?

            Hoje, o eleitor possui várias armas para poder levantar a história política de cada candidato. Mesmo sabendo que as mídias sempre possuem uma inclinação para esse ou aquele, assim como na política partidária, nos meio de comunicação temos os veículos da situação e da oposição e, em São Miguel não podia ser diferente. É a lei dos leilões, ou seja, um verdadeiro “quem dá mais, leva”.

            A população miguelense, pelo que vimos no dia a dia, já está no clima, principalmente na briga Anderson Clemente versus Chael Jatobá. Calma, posso inverter, assim teremos Nivaldo Silva versus George Sonnen (para quem não sabe, uma referencia ao combate do UFC denominado como a “luta do século” entre o brasileiro Anderson Silva e o falastrão norte-americano Chael Sonnen). A diferença crucial é que, no caso da luta desportiva, quem vence ou perde não afeta diretamente em nosso cotidiano. Já a disputa política, essa sim, o resultado poderá atingir uma população estimada em aproximadamente 55 mil habitantes (eu, você, seu pai, sua mãe, seus irmão...).

            Iniciamos esse artigo, com a frase de um poeta espanhol chamado George Santayana. Ele nos faz refletir sobre uma dos maiores aliados (ou inimigos) de quem se propõe a pleitear um cargo político, o PASSADO. Sendo assim. A coligação que apresentou NJ como seu candidato a prefeito trás consigo o seguinte lema: “Essa é a São Miguel que nós queremos”. Sinceramente espero que, se forem vitoriosos, que a frase faça menção aos tempos áureos do primeiro mandato de Jatobá. Porque se for referência ao que aconteceu nos últimos anos da administração do PMDB, a coisa vai ficar feia. No período correspondente a 2009, 2010 e 2011, o que mais se viu foram movimentos grevistas envolvendo os funcionários da educação, saúde e guardas municipais. Nesse período, precisamente no início de 2011, um dos maiores dilemas deixou a população miguelense totalmente desassistida no que diz respeito ao atendimento público na área da saúde, RELEMBRE COMIGO:

Santa Casa de São Miguel suspende atendimento a partir desta segunda-feira (postado em 06/08/2011) - Diretoria alegou que não tem recursos
“Em nota emitida no final da tarde desta sexta-feira, 05, a direção da Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos Campos informou que a partir desta segunda-feira, 08 de agosto, estarão sendo suspensos os atendimentos de urgência da clinica médica, pediatria e cirurgia para usuários do SUS”.
            Assista ao vídeo e perceba a preocupação do então secretário de saúde:


Com isso, apenas faço um humilde pedido aos nobres candidatos a prefeito. Pensem na população de São Miguel como um todo. Nossa cidade é maior que esse ou aquele grupo político e, seja quem quer que seja eleito, lembre que não irá ser presidente de um partido para apenas beneficiar os membros do mesmo, mas prefeito de toda a cidade, inclusive dos desafetos de campanha eleitoral. Será isso pedir demais?

Wallace Gabriel

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