ESSA É A SÃO MIGUEL QUE QUEREMOS?
“Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a
repeti-lo”
Nossa
cidade vive mais um ano de decisões quanto a constituição política decorrente
das eleições municipais. De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral,
102 candidatos disputam as 13 cadeiras da câmara municipal enquanto que
para o cargo majoritário três candidatos apresentaram seus registros e estão
aguardando julgamento para terem ou não suas candidaturas devidamente autorizadas.
Apesar
de algumas indefinições, principalmente a que pesa contra o ex-prefeito Nivaldo
Jatobá, sabemos que o destino da administração de nossa cidade estará nos próximos
quatro anos nas mãos de um dos candidatos a prefeito que apresentaram seus nomes para esse fim. Quem são
eles? O que pensam? Quais suas propostas? Com quem fizeram aliança política?
São fichas limpas ou, como diriam os mais antigos, mais sujo que pau de galinheiro? O que já fizeram (ou deixaram de
fazer) pela nossa cidade?
Hoje,
o eleitor possui várias armas para poder levantar a história política de cada
candidato. Mesmo sabendo que as mídias sempre possuem uma inclinação para esse
ou aquele, assim como na política partidária, nos meio de comunicação
temos os veículos da situação e da oposição e, em São Miguel não podia ser diferente. É a lei dos
leilões, ou seja, um verdadeiro “quem dá mais, leva”.
A
população miguelense, pelo que vimos no dia a dia, já está no clima,
principalmente na briga Anderson Clemente versus
Chael Jatobá. Calma, posso inverter, assim teremos Nivaldo Silva versus George Sonnen (para quem não
sabe, uma referencia ao combate do UFC denominado como a “luta do século” entre
o brasileiro Anderson Silva e o falastrão norte-americano Chael Sonnen). A
diferença crucial é que, no caso da luta desportiva, quem vence ou perde não
afeta diretamente em nosso cotidiano. Já a disputa política, essa sim, o
resultado poderá atingir uma população estimada em aproximadamente 55 mil
habitantes (eu, você, seu pai, sua mãe, seus irmão...).
Iniciamos
esse artigo, com a frase de um poeta espanhol chamado George Santayana. Ele nos
faz refletir sobre uma dos maiores aliados (ou inimigos) de quem se propõe a
pleitear um cargo político, o PASSADO.
Sendo assim. A coligação que apresentou NJ como seu candidato a prefeito trás
consigo o seguinte lema: “Essa é a São Miguel que nós queremos”. Sinceramente
espero que, se forem vitoriosos, que a frase faça menção aos tempos áureos do primeiro mandato de Jatobá.
Porque se for referência ao que aconteceu nos últimos anos da administração do
PMDB, a coisa vai ficar feia. No período correspondente a 2009, 2010 e 2011, o
que mais se viu foram movimentos grevistas envolvendo os funcionários da
educação, saúde e guardas municipais. Nesse período, precisamente no início de
2011, um dos maiores dilemas deixou a população miguelense totalmente desassistida
no que diz respeito ao atendimento público na área da saúde, RELEMBRE COMIGO:
Santa Casa de São Miguel suspende atendimento a partir desta
segunda-feira (postado em 06/08/2011) - Diretoria alegou que não tem recursos
“Em nota emitida no
final da tarde desta sexta-feira, 05, a direção da Santa Casa de Misericórdia
de São Miguel dos Campos informou que a partir desta segunda-feira, 08 de
agosto, estarão sendo suspensos os atendimentos de urgência da clinica médica,
pediatria e cirurgia para usuários do SUS”.
Assista ao
vídeo e perceba a preocupação do então secretário de saúde:
Com
isso, apenas faço um humilde pedido aos nobres candidatos a prefeito. Pensem na
população de São Miguel como um todo. Nossa cidade é maior que esse ou aquele
grupo político e, seja quem quer que seja eleito, lembre que não irá ser presidente de um
partido para apenas beneficiar os membros do mesmo, mas prefeito de toda a
cidade, inclusive dos desafetos de campanha eleitoral. Será isso pedir demais?
Wallace Gabriel
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