Políticos com processos tentam ganhar seu voto
Em Alagoas, todos os municípios têm pelo menos um candidato com problemas judiciais
Sair
às ruas, pedir o voto, mostrar seu programa de governo, não tem
sido o suficiente que a sociedade eleja representantes
compromissados, digamos com a moralidade. De 2008 a 2012, Alagoas foi
rechaçada por um bombardeio de escândalos de todos os tipos.
E
a contribuição para que estes atos improbos ao menos não
tenham continuidade, é por meio das urnas. Ter processos na
Justiça ou não será fator preponderante nas eleições deste ano.
Exemplo
clássico e pouco a ser seguido é do prefeito afastado
Marcos Santos (PTB), de Traipu. Basta analisar a série de
denúncias formuladas pelo Ministério Público Estadual, no qual ele
está por trás de um suposto esquema que desviou R$ 8 milhões dos
recursos federais destinados à Educação.
As
suspeitas não cessam. O ápice ocorreu em 2011 quando a Polícia
Federal desencadeou a operação Tabanga. O MP constatou que o
prefeito era sócio de uma empresa que ganhava todas as
licitações municpais. Notas fiscais frias foram encontradas
aos montes para comprovar como operava o esquema.
É
com essa desconfiança que Marcos Santos subirá aos palanques para
convencer o eleitor que Traipu necessita de mais um mandato
de seu grupo político.
A
chapa já está montada e aprovada. Santos e sua nora, Julliany
Machado, sua atual vice foram aclamados durante as convenções
partidárias do PTB na cidade.
Sobre
Julliany, o Ministério Público pediu seu afastamento da
prefeitura por dar continuidade aos atos do prefeito em Traipu.
Prefeito
e vice de Traipu são suspeitos de atos de improbidade. Marcos e
Julliany são apenas os maiores exemplos de casos, de políticos,
com ações na Justiça que vão tentar - mesmo sob suspeita - ganhar
seu voto este ano.
Lista
é extensa e pelos mais diversos crimes
Outro
exemplo mais próximo é Rio Largo, onde dez vereadores e o
prefeito Toninho Lins (PSB) foram afastados acusados de
facilitar venda de terreno para construtora.
Em
Palmeira dos Índios, além do prefeito James Ribeiro (PSDB) ter
sido enquadrado por nepotismo, o seu opositor Petrúcio Bandeira
(PTB) também tem contas a acertar com a Justiça.
Messias
também sofre desse mal. Jarbas Omena (PSDB) está na lista do
Tribunal de Contas da União pela operação Sanguessuga, de
compra irregular de ambulâncias.
Em
Delmiro Gouveia, no Sertão, Lula Cabeleira (PMDB), espera julgamento
sobre a morte do vereador Fernando Aldo. Limoeiro de Anadia tem seu
prefeito James Marlan (PP), que concorre à reeleição,
com ações no Tribunal de Justiça do Estado, por suposta
contratação de veículos irregularmente.
Subindo
o mapa, rumo a Novo Lino, lá o prefeito Everaldo Barbosa, vai
tentar mais um mandato com o peso de 14 processos judiciais
tramitando. Descendo um pouco, chegamos a União dos Palmares, onde o
ex-governador Manoel Gomes de Barros é candidato e também
tem processo no TJ por porte ilegal de arma. Mesma acusação
acontece em Lagoa da Canoa, com o prefeito Jair Lira(PSC).
O
prefeito Dudui (PP), de São José da Laje, responde na Justiça por
ter aumentado a aposentadoria da própria mãe na
prefeitura. Voltando para o Sertão, em Ouro Branco, o prefeito
Atevaldo Cabral (PMDB) é acusado de pedofilia. Ali pertinho, em
Canapi, um dos indiciados na operação Taturana - que desviou
mais de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa do Estado - Celso
Luiz, ex-presidente da Casa é candidato.
A
bela Maragogi tem Sérgio Lyra (PSDB) como candidato a
prefeito. Ele está inserido na operação Gabiru, que desviou
recursos da merenda.
Ribeiro
foi enquadrado por nepotismo
O
serviço público é o pilar de uma administração política. A lei,
no entanto, promove que não deve haver nepotismo, favorecimento
de familiares nos cargos do Executivo municipal, estadual e federal.
Outro candidato à reeleição, James Ribeiro (PSDB), em
Palmeira dos Índios, teve de cumprir uma determinação do
Ministério Público para demitir todos os seus parentes de sua
administração, principalmente aqueles que ganhavam altos salários
e desempenhavam pouco trabalho no município.
Jatobá
responde por trabalho escravo
O
PMDB anunciou Nivaldo Jatobá para disputar a Prefeitura de São
Miguel dos Campos contra George Clemente (PSB). Jatobá administrou o
município por dois mandatos. A última denúncia que chega contra o
usineiro diz respeito ao trabalho escravo constatado pelo Ministério
do Trabalho na fazenda Gunga, próximo a Roteiro. Com a função de
retirar os cocos das árvores e descascá-los, cada um dos
trabalhadores recebia apenas R$ 0,70 por coqueiro, além de viver em
barracos.
FONTE: www.tribunahoje.com
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